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Sobre este Conspirador

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Silêncios que me gritam

Este silêncio que me enforca
Força mais de mim que qualquer grito
Já emitido nesta minha
Enjaulada boca
Grunhidos que se ajeitam no meu colo
Sob a denúncia de erros que se perpetuam no tempo
Silêncios solitários pronunciados em letras minúsculas
E não mais apenas uma bricolagem de minha alma
São silêncios de um mundo que se ergue em mim
São palavras de um canto onipresente
Sons tonitruantes que estrondam meus novos sentidos
Mantras compostos em desejos febris
Missiva épica de um novo homem solitário
São silêncios de um novo velho mundo
De um novo gado
De tarefas árduas em se pacificar demônios
Silêncios que nunca pude pronunciar
E que agora se mexem em mim
Gestos inquietantes de quem até, hoje de manhã, só era voz caída
Silêncios que me atormentam
Vozes que me afetam
Sopros saltitantes de sons à extremos
Desejosos de ficarem calados
Vozes sobre mim ainda procuro
Vestígios de uma incoexistência escuto
Verdade nenhuma sussurro.

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