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Sobre este Conspirador

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A comovida e triste árvore e o poeta caído

Caminhando à luz de sua existência

O poeta dirigia-se ao calvário

Era ele árvore comovida e triste

Seu tronco carregava momentos tatuados

Suas folhas evidenciavam torturas

Suas raízes eram roupas despidas ao longo do tempo

Caminhando, a sombra de sua projeção

O poeta era árvore caída

E a menina, que um dia comoveu-se com sua flor

Agora nega tua água

Comovida e triste, a árvore movia-se ao seu dilema

E assim como gravuras coladas no tempo

O poeta manufaturava seu pobre destino

Cambaleando tempestades

Sonhando alças para o vento

Comovida e triste era também a menina

Jovem demais para enraizar-se ao chão

Ao chão que o solo da alma habita

Comovida e triste, a árvore caminhava...

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