Caminhando à luz de sua existência
O poeta dirigia-se ao calvário
Era ele árvore comovida e triste
Seu tronco carregava momentos tatuados
Suas folhas evidenciavam torturas
Suas raízes eram roupas despidas ao longo do tempo
Caminhando, a sombra de sua projeção
O poeta era árvore caída
E a menina, que um dia comoveu-se com sua flor
Agora nega tua água
Comovida e triste, a árvore movia-se ao seu dilema
E assim como gravuras coladas no tempo
O poeta manufaturava seu pobre destino
Cambaleando tempestades
Sonhando alças para o vento
Comovida e triste era também a menina
Jovem demais para enraizar-se ao chão
Ao chão que o solo da alma habita
Comovida e triste, a árvore caminhava...
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