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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Por Jorge Fhaber*: Quantos sóis te emudecem?

Se resolvesse um dia de fato ser feliz, quantos sóis te acalmariam?

Com essa aguda frase humildemente me apresento a vocês, Jorge de nascimento, e Fhaber de inspiração. Com as honras de gratidão ao nobre convite conspiratório me aproximo perguntando o que acalma e o que não erotiza tua sensata caminhada neste plano?

E mais: o que te cala?

Com algumas pauladas goela abaixo, e sem vaselina ou guaraná que amorteça, vamos mirando coisas que não são palpáveis, sonhos que não são nossos. E ainda que a ciência mãe dê conta e amparo a várias reflexões, acerca disso que aí está, “não se encaixam as abóboras”.

“Isso tudo que aí está” não é mais o que se gasta para nomear os “dias digitalizados”. Os planos de carreira perfeitos. Os moldes. Concreto armado na decência de um ser que nunca o foi. E o “vigário institucionalizado”, que infelizmente pode ser até eu mesmo, anima o velório. Stand-up para a fome, para a obesidade. Alguns se amenizam com isso e a carapaça que adentra rabo a fora, “ladeia mais gostoso”. Quer uma coisa que dói mais ao ser humano que o dinheiro: a crítica. Esta é a pior das ofensas. Críticas desconstroem castelos verticalizados com o cartão de crédito, com o silicone, com os psicotrópicos e com o amor.
Doa-se parte do soldo para em parcelas suaves comparecer ao céu quando chamado, e não ao fogo na consciência imediata.

O “modus operandi” do modelo de dominação de massas hoje é, falando de sua mais ampla e moderna frota de armas e ferramentas que já se viu, por que ela domina o subjetivo, ela é força motora que nos margeia até enquanto estamos em sono. Ela impulsiona o desastre de toda a superestrutura quando faz as pessoas comprarem sem poder, sem querer e sem precisar. E não falo só de produtos, falo de vida, felicidade, amor, sexo, família, trabalho, amizades, ego, auto-estima.

E vive-se uma felicidade que não é sua. É molde encaixado. Globalizado. Só que pelo lado inverso do ser. Pela carne e pelo espelho. Assim, somos corpo fácil a ser tomado por essa rede positiva que não existe: a humanidade enquanto instituição feliz por natureza!

Corroborando o pajé Milton Santos, que disse nunca ter havido humanidade, te pergunto: quantos sóis te levariam à humanidade? Quantos lábios? Quantas “inas”? Como anfetamina, cafeína, cocaína, e tal... e coisa. Por quanto tempo os sorrisos teriam de brilhar para reverenciar o seu corpo, se de fato você quisesse ser feliz? Quantos flashes te bastariam? E por fim, quantos amores e quantos amados te seriam fundamentais para alicerçar um altar que não existe enquanto formato.

Não existe humanidade, não há felicidade pronta, não há consenso que caminhe para a coesão. Todos “ideologismos” usaram ferozmente da propaganda: comunismo, socialismo, totalitarismo e outros. Sem distinção.
Marketing. Vigarice. Ostensividade da segurança pública e da propaganda que amordaça. De piaba a tubarão. De intelectual a artista. Do lixeiro, o mais baixo posto na escala do trabalho, como disse um vigário de marca maior, ao líder e profeta.

Vivemos num mundo “marketizado”, propaganda de algo que nunca foi mundo!
Fruto disso, o dito ser louva a mais sóis que necessita. Acumula energias que não lhe são necessárias. “Baby beef na mesa do ambientalista e criancinha no colo do padre”.

Infelizmente o único deus que a sociedade atende é o “marketing”. O mercado.

Jorge Fahber é “cientista do acaso”! Há alguns anos articula
textos sobre algumas questões que envolvam “sociedade”.
Menos sobre a verdade, como ele mesmo diz.

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