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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Ciscos, montanhas e sonhos perdidos.

As montanhas, não voláteis,
Se espassam por imposição de beleza.
E ainda que,
De implosões e decisões portáteis
Estas sonhem tornar-se íngremes
São tolhidas por uma devassa parede em suas rotinas.

Um não olhar.

Sem transcender nossos ciscos, tornamo-nos montanhas
Picadeiros errantes que se erguem de tais formas,
Que escrutínio possível não existe.

Eixos sóbrios.

Ciscos, que na mais pura tenacidade em que tua função exige
Não são, interessadamente, notados.
Somos sodomizados pelo medo de não ter artifício suficiente quanto à interrogação,
Correia que ata sonhos, nossas puras existências.

Ciscos.

E a montanha então domada, gravita sobre uma espiral que não conhece.
Do ponto mais alto de sua ereta razão,
Tiranas, ordenam mortes severinas
Retinas laminadas exercendo poder frente à sua visão embaçada

Ébria, acreditando dominar tais selvas,
Não enxerga em tuas próprias celas
As menores oportunidades em soltar-se delas.

Montanhas.

Ilhas plantadas no chão imerso.
E os ciscos idos, não mais generosos,
Avoam-se, e não revisitam
Nossas mais engenhosas obras.

Labores, sabores, situações não declaradas.
E quando não transpomos os ciscos,
A tira colo, nosso destino,
Se vai em decisão de outros.

De montanhas que não tem nomes,
De passos que não tem destino.

Pele que vestimos e que não se adaptam
Sonhos perdidos demonizando sorrisos

E os ciscos, aqueles: subjetivos
Somen-se na imensidão de nós

Nos sonhos perdidos.

Leandro Galdino por acesso e fluência de A. Supertramp

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