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segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Eu não estava lá, mas eu vi

Quando aquele verde invadiu minha retina
ocupou um espaço que outras cores,
até então,
não haviam 'invadido'.
Eu não estava lá, mas eu vi.
Podia ser tanto como o verde da fruta oliva,
como podia ser aquele verde oceânico
que, vastidão sem fim,
incendeia qualquer campo,
como podia ser o verde da fera natureza feminina,
aquele verde instintivo e sóbrio.
Ainda que azuis intensos já tivessem se espaçado por cá,
na minha tênue e simples escrita,
como em "azuis que não se calam",
era este verde ocupante demais.
Eu não estava lá, mas eu vi.
Quando aquela intensidão margeou minha noite,
minha caminhada soturna se esverdeou,
tornei-me madrugada,
solícito a lembrar de uma cor tão doce,
que virara tão minha de repente.
Eu não estava lá mas eu vi.
Era eu ali, aquarela.
Não era mais eu, letra
era eu ali 'verdidão' ocupada,
era eu palavra desenhada,
cor,
pincel e pintura.
Eu não estava lá, mas eu vi.
Me verdeei de tua retina luz.
De tua forma-cor-poesia.
Sentei, senti, sorri...
Verde é tua beleza e maduro teu alcance.
Sublime tua inesperada cor.
Eu não estava lá, mas eu vi.



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