Napalm quatro três
Brota poesia
na algazarra do pensamento,
estruturas multicelulares
(re)combinando-se ao sabor do caos;
convencido de sua inutilidade
busca(re)organizar-se,
romper a velha casca.
Agulhas correm nas veias
insiste, desmotivado coração
em banho maria,
outro discípulo do orgulho
sem medo de jogar,
não há nada a ganhar
nunca houve.
Tudo em todos caminha
inconsistente e inesgotável
lágrimas, enchem oceanos
romper a velha casca;
séculos digeridos
restos do tédio dominical,
estúpida vaidade,
na televisão, abutres pedem carne
fazem guerras, pra vender jornais
lento, tudo caminha
romper a velha casca.
Por Guilherme Araújo
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