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terça-feira, 16 de julho de 2013

Jasu, os espelhos d’agua, ou as imagens da clausura líquida.

Desapercebido com suas inconstâncias, avenidas e esquinas que o perfuravam rio abaixo, Jasu caminhava na imensidão de um chão que nem sempre o sustentava. Esta metafísica o metamorfoseava diariamente, exigindo perícia tal que o convertia em papel principal de um painel do absurdo.

Com veneno tão incoerente, suas pernas não mais lhe deram certeza de sua simbiose com o rio. Sem nitidez possível, sinal algum de si faiscava no ar. Não. Convertido em liquidez errante não mais se imaginava, porque, não raro, se olhou demais...

Espelhos d’água que antes o margeavam não mais denotavam sua imagem, não o dava mínimo de informação suficiente para que imprimisse noção vaga de si. Toda essa descida, essa ‘caição’ de emoções eram flertes vagos. Angústia não manuseável! ...Que o fizera líquido esparso.

Pedaço diluído, era agora mistura em chão de rio, que o compusera vasto, sem estética. Antes remanso, era agora água corrente sem destino. O rio não o recriava. Retina alguma o fotografava. Rio abaixo em si mesmo. Rio caído em avesso.

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